Nota de repúdio a publicação da ABP

Mais que profissão, a medicina é um sacerdócio, destinado a salvar vidas e a ajudar pessoas. Com essa certeza, a Associação Brasileira de Médicos com Expertise em Pós Graduação (ABRAMEPO) repudia a publicação da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que em publicação nas mídias sociais atacou gratuita e desnecessariamente milhares de médicos legitimamente graduados e aptos ao trabalho, taxando-os de “falsos psiquiatras”.

A Lei Federal 3.268/57 estabelece que todo médico graduado e registrado no CRM tem direito de exercer a medicina em qualquer de seus ramos ou especialidades. Dessa forma a publicação da entidade possui o condão de marginalizar profissionais regularmente registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM) e habilitados a atuar no ramo da psiquiatria, como em qualquer outra área médica.

O Registro de Qualificação de Especialista (RQE) não confere habilidades especiais a quem o possui, uma vez que o RQE é concedido a quem concluiu a residência médica ou realiza uma prova de título, com fim único, sob a perspectiva ética médica, de dar publicidade à respectiva capacitação.

A ABP marginaliza, sem fundamento nem direito, médicos legalmente aptos a atender todo tipo de paciente, no que consiste em um episódio que prejudica a própria classe médica, mas sobretudo a sociedade, vítima da desinformação contida na infeliz publicação da entidade.

O ataque, embora gratuito, não veio acompanhado da dispensa do pagamento da anuidade por muitos profissionais, aceitos como associados da ABP sem nenhuma restrição, embora não possuam o RQE. O recado percebido por muitos é que, na hora de receber, a ABP os reconhece como médicos, mas logo depois impõe barreiras ilegais ao legítimo e sagrado exercício da medicina.

Nota de pesar

A ABRAMEPO presta condolências e solidariedade aos familiares, amigos e toda comunidade médica.